Em nuvens cor de ébano os anjos se tocam.
Miram-me, provocam.
Proclamam com suas trombetas douradas o meu jugo.
__ Eu não sou senhor de mim. Eu me rendo. Eu me vendo.
Em seus olhos não há compaixão, mas volúpia.
__ Já para o túmulo, onde a carne podre fica.
Caminho para o túmulo. Não há mais túmulo.
Apodreço no fogo morto de um desgosto eterno.
Joana Vogst. (24/02/2010)