quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rotas

Uma rota de fuga
Uma rota de colisão.

Ouço os malditos entoarem choro e riso:
Todos culpados, todos juízes.
Por vezes colidem com o roteiro de meus passos curtos,
Encurtam meus dias.
Em vidro translúcido me prendem
Eu vejo que é pelo medo e que de nada adianta
Uma prisão que desprotege o dentro e fora
Soltos como bichos.
Partimos e nunca chegamos.

E todos caminham tão rápido
E todas são as direções
Vamos nos perdendo uns nos outros
Como espelhos colidindo

No fim tudo é poeira branca,
Nem cacos
Rotas de fuga para a colisão.