terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Manhã

Nossos corpos, uma manhã
Despertamos para ansiar o dia
Impuros. Um quadro torto.
A face, os membros e a língua
Tudo atravessado por dentes e lábios
Que de juventude e sonhos preferimos não
O não saber, não dizer, só estar.
O não-dito dizendo sinceras elegias
A lástima do nascimento do novo
Em receoso buraco.

E era uma bela manhã de julho.
E fechava o mês
E abria caminhos
E reticenciava sentimentos.

6 comentários:

  1. Um dia escreverei o meu...
    A diferença?
    É que preferirei a perspectiva da noite ao invés da do dia... ;)

    "E reticenciava sentimentos" Bom isso em vista do não sentimento contínuo, não é!? hehe

    ;* amegaaaa JuUuL o/

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  2. Um comentário seria bastante revelador, mas fico com as sábias palavras de certo ancião abusado: "Achei que era um botão, mas vi que era uma flor".

    Desabrochaduras!

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  3. sério?, será a mesma lívia b.?
    ah, lívia b. lívia b. o quanto te procurei!!
    ess é antigo, mas existiu mesmo uma lívia b. a quem "procurei".
    tudo na paz?
    beijins!!

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  4. Precisamos do sentimentos sempre com reticências, concordas?

    ''pra que minha vida siga adiante'' (los hermanos)

    sabia que sinto falta de ti?

    vc sumiu =/

    Forte abraço.

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