inventei que o vento me invertia,
escrevi que o crível me recriava,
calculei o canudo que me cabia,
inspirei o poema que me respirava.
é meu modo de mordiscar a coleira,
porque não me fiz frágil nem freira,
parti desde o parto para essa estrada
sem licença para de seda laços
mas de pau e pedra e canetada.
cigana que não se engana nas artimanhas
só espera a espreita enquanto estranha.
para voltar envolta de início
a inventar vento malício.
entoando odes ao ocioso ciclo.
Gostei! Muitas figuras de linguagem... Como a poesia deve ser: uma brincadeira com as palavras...
ResponderExcluirQuanta beleza nessas entrelinhas...Parabéns por sempre nos remeter tão belas e encantadoras palavras!
ResponderExcluirPra que se fazer de frágil?
Vc, eu, todos nós, somos frágeis, de verdade, sem imitações,mas só mostramos nossas limitações e fragilidades quando desejamos, ou, quando o coração grita sem nos dar escolha.
divertida e gostosa brincadeira com as palavras e sentidos
ResponderExcluir"parti desde o parto para essa estrada
ResponderExcluirsem licença para de seda laços
mas de pau e pedra e canetada."
muito o meu momento!
quanto ao poema, é brilhante, delicioso... amei!
Nossa amiga... vc sempre se supera...
ResponderExcluirMuito perfeito... tão bom que nem sei se consegui entender tudo... e nem precisa né...
Linda simbolista!
Beijo
"inspirei o poema que me respirava"
ResponderExcluirVOCÊ É INCRÍVEL!
AMEI!
Cada dia vc me aparece com um texto/poema/conto/etc melhor q o anterior...
bjo amiga artista!
;D